domingo, 8 de março de 2009

Egocentrismo

Sei que estou longe, muito longe…a viajar. E nem sei se algum dia voltarei.
Que queres que faça? Não tenho como voltar.
Sou prisioneira da mente. Não preciso de dinheiro para a viagem de regresso, não preciso de nada. Só preciso que o tempo faça as pazes comigo.
Preciso que traga de novo as flores ao meu jardim. Preciso que a luz do dia persista, que tu voltes a olhar-me nos olhos e digas “gosto de ti.”
Preciso de ver as estrelas como dantes. Preciso do calor do meu corpo. Da alegria. Preciso que a minha criança volte. Preciso do meu verdadeiro “eu”. E o meu “eu” não escreves estas coisas…que só eu sei dizer. O sonho não acaba mais. A cada dia me pergunto: “Será hoje o meu regresso?”
Tenho tantas saudades de mim!

terça-feira, 3 de março de 2009

"Linda Leiria quero cantar-te"

Já cá estou, a caminho das terras de Liz.
Deveria estar feliz? Ou triste?
Para ser sincera comigo mesma não sei qual o meu estado de espírito neste momento.
"Linda Leiria" oh sim! Leiria é magia. Raramente sentia toda a magia que sinto agora enquanto estudante.
Leiria é amor, é música, é saudade, é paixão, é amizade, é futuro, é tristeza, é imaginação. Leiria é tudo isto. É vida, muita vida...e animação. Leiria é minha e vossa.
Como é bom ser estudante principalmente quando se vem da "terra distante" rumo à maior aventura da nossa vida.
Tantas as lágrimas derramei por ti "Linda Leiria", tantas...só eu sei. Tudo isto para de amar...sim porque eu amo tudo em ti.
Tens-me ensinado a viver, e que para viver pouco me basta. Tens-me ensinado que a verdadeira amizade perdura, estando eu aqui ou nas minhas longas viagens à lua. Tens-me ensinado a lutar, a ajudar, a pensar no que realmente é círculo da vida.
As vezes penso no que está para trás. Arrependo-me de não ter aproveitado ainda mais a minha infância. Foi tão boa! E a adolescência...tenho saudades do tempo estúpido de "teen". Mas foram os melhores anos da minha vida.
A pessoa que sou hoje é um místico do que fui e de tudo aquilo que fui aprendendo, e não quero nunca apagá-la.
Voltando ao presente, sei que agora tenho rumo. Encontrei-o e não o quero largar mais. Esperar 19 anos para me sentir realizada e bem comigo mesma valeu a pena.
Finalmente larguei aquela cidade hipócrita cujo tempo parece não passar ali. Ficou em meados de 90 (se é que lá chegou). Sou uma desconhecida naquele meio e fico feliz por isso.
Quando penso no rio Liz, nas capas pretas de estudante, na união, nas canções, nos gritos, no terreiro...as lágrimas invadem-me! De alegria sim!...e nostalgia por me ter apercebido que o tempo é o nosso maior inimigo. O tempo é a pior coisa que Deus inventou.
Quero que tudo isto seja eterno. Quero tornar uma hora num dia, e um dia num mês e um mês num ano.
E quando o tempo se esgotar vou lembrar-me de ti como jamais me lembrarei de quaisquer outro local que conheci...e mágico,que nem a Terra do Nunca.