quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fatalidade

Apaga-se a luz e espreita-se à porta.
O nada preenche a plena harmonia de uma casa.
Está uma noite linda. Muito calor, cheira a verão.
Os lençóis estão quentes por isso devem estar assim, puxados para trás.
Sinto saudade de algo diferente. Estranheza? Pois.
Imagens alinhadas coladas numa parede branca. Um beijo apaixonado, contagiante, invejoso a qualquer amor, bonito...muito bonito.
Traçar de um sonho numa folha de papel branca.
Linhas horizontais, o caminho.
Essência suave, aroma, perdição.
Vestidos de seda de todas as cores.
Rosas espalhadas pelo chão. Ingenuidade de mulher.
Duas taças de cristal servidas a champanhe.
Ao cimo a princesa. Pele branca e delicada. Uns lábios sedutores, porém inocentes. Olhos doces e meigos. Desejo de um amor eterno.
Mãos geladas como a neve, respiração fraca, pulsação débil.
E ela canta ao mesmo tempo que vai perdendo a força nas palavras.
Suspira. Sorri. Serenamente, deixa de pestanejar.
Foi por amor.

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