Olho para trás e pergunto-me se valeu a pena tanto esforço que foi em vão. Não me sinto culpada porque sei que lutei infinitamente com as forças que tinha e não tinha.
Se o tempo voltasse atrás faria o mesmo? É uma questão complicada e simultaneamente óbvia. Eu faria o mesmo, talvez de forma diferente.
Estou certa que se tanta dedicação como esta fosse repartida por todas as minhas obrigações seria uma vencedora nesta vida, ou neste jogo.
Mas eu não quero vencer, nem ser vencedora, apenas viver e aprender a viver. O sofrimento e a dor são sentimentos bons porque nos ajudam a enfrentar os problemas, e resolve-los e a não repetir os mesmos erros.
Nascemos e morremos da mesma maneira, apenas nos diferenciamos nas acções que praticamos enquanto seres humanos o que faz de nós pessoas boas e más.
Rancor e ódio não valem a pena se existem mil e um sentimentos superiores a estes.
Há que seguir em frente sem medo, aceitar a negação e ser feliz.
Nunca deixes de fazer aquilo que mais te apetece num determinado momento, não hesites, não penses no dia de amanhã porque o amanhã pode nem existir mais.
Até podes sofrer consequentemente das coisas que fazes e não devias, até pode ser fatal, mas vais-te sentir tranquilo porque cumpriste aquilo que o teu (sub)consciente quis.
Gosto de pensar com o coração e não com a razão, lei da irracionalidade. É correcto? Dependendo do contexto, pode não ser a forma mais adequada de agir, mas é aquela em que acredito; tudo é relativo.
É difícil pôr de lado os sentimentos e pensar racionalmente com pés bem assentes na terra, principalmente quando tu próprio tens o pensamento a biliões de km de distância.
No entanto, acredita no teu "eu" e naquele "feeling" que há dentro de ti. Eu tenho esse "feeling", pode nem toda a gente essa sensibilidade, mas o ser humano tem poderes na sua mente que nem imagina.
Somos seres com uma energia incrível e que não a sabemos usar como realmente devíamos, ou podíamos. Há que saber usá-la também, portanto talvez seja melhor assim.
"Vivemos com medo de morrer": eu vivo com medo de morrer, com medo das coisas que podia fazer e não fiz, daquilo que queria dizer q não disse, com medo de já nem ser capaz de me arrepender daquilo que ficou em suspenso por já nem cá estar.
Quando te dizem que tens tempo para tudo e que há uma altura certa para tudo, é mentira.
Tudo o que está ao teu alcance faz! Ama, chora, ri,vive, diverte-te! Não há tempo , o ponteiro do relógio anda mais rápido do que aquilo que aparenta, e ninguém se apercebe de como é curto o tempo que nos resta.
Volto a dizer: segue em frente, sê tu mesmo, não faças nada por fazer e tudo aquilo que fizeres, faz com toda a dedicação porque um dia sentir-te-ás preenchido, satisfeito e realizado por teres cumprido o teu dever neste pequeno mundo de vermes e parasitas chamado Terra.
E pensa bem: de que vale a riqueza,os poderes, a ostentação se na hora da morte todos somos iguais?
Não podemos comprar a vida, e se assim fosse, seria uma injustiça pois só os ricos viveriam.
A morte é a forma mais digna de igualar o ser humano.